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Vândalos e depredadores tomam de assalto a cidade

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Todo santo dia, a mídia noticia roubo de fios de cobre das vias públicas. Até dos viadutos recentemente inaugurados. Roubos de placas de cobre, dos monumentos em homenagem a heróis e figuras ilustres da comunidade. E até de postes inteiros, como já ocorreu na Vila Belga. É preciso preservar nossas praças e parques da ação predatória dos vândalos, pois, estão destruindo o pouco do patrimônio que representam as áreas verdes. Fala-se sobre os atos de vandalismo. E a imagem que se tem é sempre a de indivíduos mal-intencionados, que quebra luminárias, arranca flores e folhagens, geralmente, durante a noite. E contra estes as pessoas já estão mais ou menos prevenidas. Sabem que é preciso fiscalizar seus atos. E se possível, orientá-los.

Bem mais difícil é enquadrar a ação predatória dos "bons cidadãos". Que também atentam contra a integridade das praças e jardins. Às vezes, sem se dar conta e até com boas intenções. Muitas pessoas costumam colher flores dos jardins públicos para enfeitar suas casas. Outros acham-se no "direito" de arrancar mudinhas. E há pais e mães tão comodistas que são capazes de quebrar um galho de árvore ou pisotear um canteiro para passar com o carrinho do filho. Estes também são responsáveis pela depredação de parques e jardins públicos. É para a conscientização desses que devem se voltar as campanhas de esclarecimento. Torná-los responsáveis perante a comunidade. Só assim, será possível garantir a sobrevivência das áreas verdades urbanas e, através delas, a nossa própria sobrevivência.

É preciso alertar as pessoas para que elas valorizem o verde. Quem mora perto de uma praça ou parque é privilegiado. Não são todos os que têm perto de casa um local onde as crianças possam brincar à vontade, em contato com a natureza. Se alguém arranca um vegetal ou uma flor de um jardim público deve ser advertido. Essa pessoa deve ser lembrada que a muda arrancada em segundos foi cultivada num viveiro, passando por vários períodos de adaptação e até produzir a primeira folha e flor; e até esta chegar a uma praça, passou por vários estágios.

O primeiro estágio é a germinação da semente, que necessita de temperatura, água, nutrientes e aeração ideal para nascer. O segundo estágio é a superação contra o ataque dos insetos, fungos, pragas, o sol intenso. Técnicos trabalham horas e horas, dias, até anos no viveiro, usando vários métodos para que a planta atinja o vigor e a fitossanidade para o transplante em uma praça. Não é justo que ela seja arrancada inutilmente por quem nada fez!

Aqui em nossa cidade é visível a depredação dos bens públicos. Influem para isso razões de ordem psicológica, social, econômica e educacional. A própria violência cotidiana da vida de hoje nos grandes centros faz com que as pessoas percam o elo afetivo que as deveria ligar em relação ao habitat (praças, parques, jardins, etc..).

Urge que alguma entidade - prefeitura, UFSM, órgãos ambientalistas, Câmara de Vereadores - convoque as associações de bairros, associações de pais e mestres, associações de ex-alunos dos educandários e demais entidades interessadas para participar de uma tarefa de educação pública a respeito da depredação e vandalismo.

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